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Ford apresenta motor 1.0 turbo do Fiesta

Por iG São Paulo | – Atualizada às

Motor EcoBoost será oferecido na versão Titanium e chega às lojas em julho

Ford 1.0 EcoBoost
Carlos Guimarães/iG

A chegada do Fiesta com motor 1.0 turbo já havia sido antecipada por iG Carros, inclusive com um flagra do modelo de testes em São Paulo. Pequeno, essa versão do EcoBoost conta com três cilindros, injeção direta e duplo comando variável, e é capaz de gerar 125 cv e 17,3 kgfm, com gasolina.

É o motor mais moderno da Ford. Seu bloco é feito de ferro fundido ao invés de alumínio, por esquentar 50% mais rapidamente, o que reduz a energia necessária para atingir a temperatura ideal de trabalho. Para compensar, os cabeçotes e o cárter são feitos de alumínio, com partes de fibra de carbono, material leve e resistente usado na Fórmula 1.  Tudo isso em um motor tão compacto que, segundo a fabricante, tem o tamanho de uma folha de sulfite A4.

Hatch da Ford com novo motor é flagrado em testes
Carlos Guimarães/iG

 

Hatch da Ford com novo motor é flagrado em testes

Como a apresentação será daqui a um mês, a Ford ainda segura as informações sobre oFiesta com este motor, que vai funcionar com câmbio Powershift. Embora seja oferecido no topo da linha, essa não será uma versão esportiva. O turbo vem para ajudar na eficiência energética, reduzindo o consumo de combustível e aumentar um pouco o desempenho, da mesma forma que o Volkswagen up! TSI e Hyundai HB20 Turbo.

Eficiência pelos detalhes

Durante a apresentacão do motor 1.0 EcoBoost para a imprensa, a Ford deu alguns detalhes técnicos que contribuíram com a eficiência energética. Um deles é que a injeção direta de combustível é estratificada, ou seja, concentra mais combustível próximo das velas e menos à medida que vai se distanciando da fagulha de ignição, permitindo trabalhar com uma mistura ar/combustível mais pobre. Conseguiram manter essa característica do motor com a gasolina vendida no Brasil, que é única no mundo, com 27% de etanol.

Outro ponto é que o motor trabalha com chamado ciclo Miller, que inclui taxa de compressão estática de 10:1 e atraso no fechamento das válvulas de admissão, admitindo o máximo de ar possível para expulsar todo o gás queimado da combustão anterior. Além disso, o turbo funciona com com até 1,5 bar de pressão e atinge o máximo de 248 mil rpm.

E o coletor de escape é integrado ao cabeçote, o que permite aquecimento mais rápido do catalisador, reduz o turbo lag e, com ajuda das duas válvulas termostáticas, faz motor a trabalhar o mínimo possível em temperaturas menores, quando ocorre o maior nível de desgaste.O que também contribui com a durabilidade do motor são os jatos de óleo no pistão em momentos específicos.

Por enquanto, o que a Ford divulga sobre o Fiesta 1.0 EcoBoost que será vendido no Brasil é que a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 9,6 segundos, ante 12,1 segundos da versão 1.6. Mais detalhes serão divulgados na apresentação do carro, marcada para o fim de junho.